segunda-feira, julho 26, 2010

O segredo

E assim começa mais um capítulo do fiasco que é a minha vida emocional:

A minha ligação à internet tem sido uma porcaria, em bom português falando. Voltei ao GPRS, enquanto aguardo por uma boa explicação e resolução por parte do ISP. Todavia, não são as adversidades tecnológicas que me vão impedir de dizer o que tenho a dizer, como nada,  aliás, exceptuando alguns detalhes protocolares e diplomáticos a que fui habituando as pessoas que comigo convivem regularmente. De facto, há coisas que não se dizem e não se fazem em determinada situação ou perante determinado "convidado".

A etiqueta tem de ser "Behaviour", pois claro. Nada me tem cativado tanto, desde que me conheço por pessoa pensante, do que o comportamento humano. À custa de graças e desgraças fui descobrindo o melhor e o pior das pessoas, e é estúpido, muito estúpido, como do alto dos meus 28 anos ainda me deixo iludir. Lá está o gatilho, fácil e quase incontrolável.

Ah, a eterna figura masculina: imperfeita, dissimulada, escrava dos medos, inimiga de emoções verdadeiras. Desta vez, aprofundei o conhecimento sobre o sentimento da desilusão. Quem melhor do que um homem para ensinar a uma mulher o que é a ilusão/desilusão?
Ainda não consigo evitar sentir mágoa. Acredito, no entanto, que lá chegará o tempo da indiferença. Porque esta é a ordem natural das coisas.

Acredito também que nada acontece por acaso. A prová-lo, há algum tempo atrás, depois de me ter apercebido que alguém tinha oferecido o livro "O Segredo" às residentes desta casa, por curiosidade folheei algumas páginas, desistindo pouco depois dada a superficialidade com que é abordado o tema "Destino" e a linearidade com que é encarado o "Sucesso". Há cerca de dois dias atrás deparei-me novamente com o livro na estante e ao abri-lo reparei na dedicatória. O livro não merece os meus rasgados elogios, é um best-seller de conceitos pouco estruturados e mal fundamentados, embora com uma mensagem evidentemente positiva. Já a intenção de o oferecer e as palavras da dedicatória captaram agora a minha atenção. Claro que a intenção e os sentimentos naquela altura seriam diferentes. De qualquer modo, coincidentemente, foi das intenções que partiu a minha tristeza e o meu sentido desânimo. Às vezes preferia não ter visto...

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