À beira nada
Um livro extremamente motivante de se escrever (porque a raiva é um motor com muita potência), embora não com boas expectativas relativamente às vendas, seria o diário de um desempregado qualificado em Portugal. Eu escreveria fundamentalmente sobre a frustração de sentir na pele a injustiça de ser forçada à inactividade enquanto pessoas com menos qualificações ocupam lugares de destaque no aparelho económico e político do país. Talvez aí se encontre a base de muitas misérias deste país: incompetência, a ignorância e a boçalidade são promovidas ao mais alto nível.
Aproveito para recomendar a leitura integral do ensaio de Fernando Dacosta intitulado “Terrores Brancos” publicado na Visão nº 625, 24 de Fevereiro a 2 de Março do qual sublinho aqui a sagacidade e o poder da seguinte afirmação: “Só os filhos-famílias de famílias dominantes (na direita, no centro e na esquerda, na economia, na política e nos lobbies) dispõem de privilégios garantidos, defendidos. Portugal continua a ser, mentalmente, uma monarquia- não de sangue azulado mas de compadrio adensado, não de aristocratas aquosos mas de padrinhos gordurosos.”
Aproveito para recomendar a leitura integral do ensaio de Fernando Dacosta intitulado “Terrores Brancos” publicado na Visão nº 625, 24 de Fevereiro a 2 de Março do qual sublinho aqui a sagacidade e o poder da seguinte afirmação: “Só os filhos-famílias de famílias dominantes (na direita, no centro e na esquerda, na economia, na política e nos lobbies) dispõem de privilégios garantidos, defendidos. Portugal continua a ser, mentalmente, uma monarquia- não de sangue azulado mas de compadrio adensado, não de aristocratas aquosos mas de padrinhos gordurosos.”
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