As portas
As noites ventosas voltaram ao Lumiar. Não é só uma metáfora, mas também.
Sozinha em casa, entre a necessidade de empreender as tarefas quotidianas para fugir ao impacto que só uma solidão mais abrangente pode causar, ligo o MSN esperando quem não aparece, ligo a TV esperando um programa realmente cativante, fujo de maus hábitos e penso nas portas.
Engano-me constantemente quando tento fechar portas com a maior das determinações e coragem. Há sempre uma chave que dá entrada directa para o lugar mais nobre de todos os compartimentos. Basta dizer as palavras certas e proceder de forma adequada. A grande questão reside no âmago dos que possuem a chave: querem/sabem usá-la? Tão simples quanto isto...
Etiquetas: Psicoterapia
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