segunda-feira, abril 26, 2010

Resiliência

Depois do atípico aparato policial de ontem no Largo soube-se hoje o motivo: a retirada de um corpo de um dos prédios vizinhos. O senhor idoso, provavelmente já quase morto de solidão por dentro, e depois de ter chamado a atenção para a possibilidade de o vir a fazer, desistiu disto a que chamamos Vida tomando veneno. Fui levada a pensar no conceito de resiliência. Mas, serão estas situações provocadas mais pela ausência de resiliência ou pelo excesso de adversidades?
A resiliência aparece em Psicologia associada à capacidade humana de enfrentar adversidades sucessivas e /ou acumuladas implicando a capacidade de adpatação e a faculdade de superação. Até que ponto a capacidade se mantém com o avançar da idade, tendo em conta todas as vicissitudes e condicionantes inerentes, seria o leitmotiv de uma das minhas prováveis pesquisas.

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Chivalry

I recently said I want to believe that chivalry isn't dead. I seriously do.

The well-known statement "footbal is a game for gentlemen played by barbarians and rugby is a barbarians game played by gentlemen",  considered in the movie "Invictus", highly motivated me to begin the exploration of interesting articles and more extensive work on the subject of man behaviour. Sooner or later I hope to accomplish not only the research but also the reading and reveal my conclusions (if there is any to reach...).

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quinta-feira, abril 22, 2010

Love me or leave me

Say, love me or leave me and let me be lonely
You won't believe me but I love you only
I'd rather be lonely than happy with somebody else


You might find the night time the right time for kissing
Night-time is my time for just reminiscing
Regretting instead of forgetting with somebody else


There'll be no one unless that someone is you
I intend to be independently blue


Saaay, I want your love, don't wanna borrow
Have it today to give back tomorrow
Your love is my love
There's no love for nobody else


Say, love me or leave me and let me be lonely
You won't believe me but I love you only
I'd rather be lonely than happy with somebody else


You might find the night-time the right time for kissing
Night-time is my time for just reminiscing
Regretting instead of forgetting with somebody else


There'll be no one unless that someone is you
I intend to be independently blue


Say I want your love, don't wanna borrow
Have it today to give back tomorrow
Your love is my love
My love is your love
There's no love for nobody else.

Songwriters: Kahn, Gus; Donaldson, Walter.
Best performance: Nina Simone.

quarta-feira, abril 21, 2010

In extremis

Recordo-me perfeitamente de uma famosa frase da minha mãe proferida num dia em que desafiei de formar verbal a sua autoridade nos meus idos tempos da adolescência: «Parece que não partes um prato mas, quando te dá partes a loiça toda!». Referia-se ao que disse e à forma como o disse. Tal como naquele dia, sinto-me a fervilhar.

terça-feira, abril 13, 2010

Stylish

Se tivesse muito dinheiro era ao atelier deles que encomendava a roupita. Porque o conceito é inovador e porque as criações são de sonho.

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segunda-feira, abril 12, 2010

Firming

Quando dei por mim já estava a esfregar o firming bust cream-serum. Não, acho que ainda não preciso mas, de repente, apeteceu-me experimentar. As mulheres e os cremes, enfim...!

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domingo, abril 11, 2010

Gravity of love

A vídeo musical escolhido para hoje tem parental control. O seu conteúdo é extremamente sexual e prenhe em significado como se pode ver por um dos comentários colocados na visualização.

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sábado, abril 10, 2010

Missing it

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quarta-feira, abril 07, 2010

À frente do espelho:

1- Depois da decisão, ainda me estou a habituar à franja. Como sempre, o perfeccionismo leva-me a olhar, a olhar novamente, e ver que o corte ficou torto. Provavelmente vou usar a tesoura para tratar dos defeitos.

2- Dizem e eu acredito: estou a engordar. É deveras estranho engordar sobretudo nesta fase complicada a nível da ingestão de alimentos, mas fico contente e quem me tem visto nos últimos meses percebe bem o motivo.

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terça-feira, abril 06, 2010

Proibido

A propósito das proibições, lembrei-me da famosa frase "pode-se fazer mas é proibido", parte daquele que é, indubitavelmente, um dos melhores sketches dos Gato Fedorento. Segue a mais recente lista de algumas proibições na minha vida:

- Cafeína;
- Nicotina;
- Álcool;
- Bebidas gaseificadas;
- Acido cítrico e citrinos;
- Chocolate*;
- Tomate e derivados;
- Gorduras;
- Alimentos condimentados;
- Roupas apertadas*;
- Stress*.

*Se não for impossível viver sem, é quase.

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segunda-feira, abril 05, 2010

Método

Tenho consciência que tenho sido pouco metódica na utilização do tipo de aspas e do itálico. Vou tentar contrariar a tendência da desregulamentação.

quinta-feira, abril 01, 2010

Medo (2)

Lembro-me de há algum anos ouvir uma colega repetir vezes sem conta antes de um exame: «Fear is the killer of the mind.» A afirmação servia-lhe, provavelmente, de tentativa de negação e afastamento do que sentia naquele momento sob a forma de nervosismo e que não era senão medo.
O medo não é atípico, quer no ser humano, quer no mundo animal, sendo mesmo omnipresente. De seguida, apresento excertos que condensam o que de melhor já li sobre o tema, citando o professor Joseph LeDoux no livro "O cérebro emocional - As misteriosas estruturas da vida emocional"(a).

Medos de ontem, medos de hoje
Em primeiro lugar, uma comparação entre o medo nas nossas origens e nos dias de hoje. Na génese, o perigo provinha, sobretudo, da inferioridade dos humanos face a animais selvagens. «É certamente verdadeiro que, em comparação com os antepassados primatas (...) os seres humanos criaram um modo de vida em que a probabilidade de enfrentar predadores é amplamente reduzida. Mas nem todos os perigos surgem sob a forma de animais sanguinários. As cobras e os tigres são raros nas cidades modernas, excepto em jardins zoológicos, onde observar animais perigosos em cativeiro reforça a nossa esperança de que a vida está segura. Porém, na nossa luta por dominar a natureza, criámos novas formas de perigo. Automóveis, aviões, armas e energia nuclear dão-nos um maior distanciamento da vida selvagem, mas todos eles constituem igualmente uma fonte potencial de danos. (...) Os perigos que enfrentamos não são nem em menos quantidade nem menos significativos do que aqueles que enfrentavam os nossos antepassados; são apenas diferentes.
Mesmo uma análise superficial da quantidade de formas em que o conceito de medo pode ser expresso através da linguagem verbal revela a sua importância nas nossas vidas: alarme, espanto, preocupação, desvelo, apreensão, desfalecimento, inquietação, desassosego, prudência, nervosismo, irritabilidade, ansiedade, sobressalto, susto, pavor, angústia, pânico, terror, horror, consternação, tensão, desalentado, distraído, ameaçado, defensivo.» Alguns destes substantivos terão sido centrais na filosofia existencialista. Da lista longa, retiraria somente o «distraído» por achar que não se adequa inteiramente ao medo. Alguns deles terão sido centrais na filosofia existencialista.
O autor continua abordando o medo por detrás de algumas emoções: «É possível encontrar provas do medo subjacente a muitos tipos de emoções que, à primeira vista, parecem ser a antítese do medo. A coragem é a capacidade de superar o medo. Em certa medida, as crianças aprendem a ser bem comportadas, por medo do que poderia ocorrer se não o fossem. As leis reflectem o medo que temos das perturbações sociais e, pela mesma ordem de ideias, a ordem social é mantida, apesar de forma imperfeita, pelo medo das consequências de transgredir as regras. A paz mundial é um objectivo humanitário desejável, mas na prática, a guerra é evitada, pelo menos, em parte, porque os fracos temem os fortes. Estas afirmações são secas e eventualmente exageradas, mas ao memso tempo enquanto verdades parciais, elas salientam quão profundamente o medo está imerso na estrutura mental dos indíviduos.» De facto, eu não diria melhor de qualquer outra forma.

Patologia
Tal como acontece em relação a outras emoções, o excesso ou desajustamento do medo significa a entrada no ramo patológico com problemas psiquiátricos reconhecidos e cruciais no seio da psicopatologia, dos quais o autor salienta desde logo as fobias:

«As fobias são medos específicos levados ao extremo. Os objectos fóbicos (cobras, aranhas, as alturas, a água, os espaços abertos, as situações sociais) são muitas vezes legitimamente ameaçadoras, mas não na medida em que o indivíduo fóbico os entende. As perturbações obsessivo-compulsivas, frequentemente, envolvem um medo exagerado de qualquer coisa, como os germes, e os pacientes entram numa dinâmica de rituais compulsivos para evitar o objecto ou o acontecimento temido ou para se libertarem do objecto do medo, quando o enfrentam.»


(a) Edição original americana: "The emotional brain - The Mysterious Underpinnings of Emotional Life", Simon & Schuster, USA, 1996. A tradução do original foi editada pela Pergaminho em 2000.

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Medo (1)

Das "outras coisas":

«Todo o ser humano tem reminiscências que não revelaria a ninguém a não ser aos seus amigos. Tem outros assuntos na mente que nem sequer aos amigos revelaria, mas apenas a si próprio e, mesmo assim, em segredo. Mas existem outras coisas que mesmo a si próprio um ser humano tem medo de revelar, e qualquer ser humano decente tem uma série dessas coisas armazenadas na sua mente.»
- Fedor Dostoievski, Recordações da Casa dos Mortos.